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VIVIAN MACHADO CUSIN AHMED ELDASH - MEDICINA | UNICAMP, USP, SANTA CASA E UFRN


Vivian Machado Cusin Ahmed Eldash passou em Medicina em quatro universidades, sendo 3 públicas. Ela já é formada em Biologia e optou por fazer curso pré-vestibular já que não via, há muito tempo, diversos assuntos que são cobrados no vestibular e, por isso, precisava de ajuda para saber o que/como estudar para as provas. A ex-aluna fez dois anos de cursinho na Oficina e passou na Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.

Vivian, de 30 anos, escolheu cursar Medicina no campus Bauru, da USP. “Objetivamente, é uma ótima universidade, tenho certeza de que terei uma boa base durante minha formação. Pessoalmente, a USP é minha casa, e morar em Bauru será algo totalmente novo para mim, o que considero construtivo.” Parabéns pelas aprovações, Vi! Muito sucesso nessa nova fase da sua vida!

Oficina: Por que a escolha pela Medicina? Qual foi a sua sensação ao ver seu nome na lista de aprovados?

Aluno: Minha primeira graduação foi em Biologia. Durante o curso, gostei muito das aulas sobre Fisiologia (tanto humana como animal comparada), por isso optei por esse curso, para aprender mais. Vejo Medicina como se fosse um aprofundamento sobre uma espécie, a humana!

Ao ver meu nome nas listas, senti alívio.

Oficina: Conte sobre a sua rotina e como foi o seu ano de estudos.

Aluno: Eu não consegui seguir um cronograma certinho e bem delimitado como a maioria das pessoas. Até tentei, mas depois de um tempo percebi que tinha de estudar conforme as minhas dificuldades e com as estratégias que funcionam para mim. No meu caso, isso significou basicamente focar nos exercícios que os professores mandavam (só bem no finalzinho comecei a fazer provas anteriores). Eu ia fazendo as listas de exercícios conforme me dava vontade no dia, mas sempre priorizando onde tinha mais dificuldade e sem deixar acumular.

Uma coisa bem importante que fiz: para cada assunto, tentar aprender de verdade e não só “porque cai na prova”. Tentava ver como determinado assunto se fazia presente na minha vida, e ia atrás das minhas curiosidades. Isso tornou mesmo as matérias que eu, à priori, não gostava tanto (como História e Geografia), bem mais interessantes. Várias vezes passei o dia inteiro pesquisando um aspecto da disciplina porque estava curiosa, o que, em um primeiro momento, parecia perda de tempo (e tempo é algo que vestibulando não tem), mas, em longo prazo, valeu muito a pena.

Oficina: Como os professores da Oficina ajudaram você a conquistar a vaga? Tem algum professor que você queira destacar na sua jornada de Oficina? Se sim, conte quem é, o motivo ou algo que ele tenha falado e marcado você.

Aluno: A Oficina tem professores muito bons. Obviamente, eu me adaptei melhor a uma ou outra didática, mas com todos, senti que eles estavam “na briga” comigo e iam além da obrigação para ajudar.

Sim, muitos professores são ótimos, mas vou destacar seis (é bastante gente para destacar, mas eu disse que a Oficina tinha bons professores..)

1- Sebastian, de Geografia: o Sebá, além de ser um muito amorzinho e sensível, é simplesmente o melhor professor de Geografia do mundo. Slides, didática, listas, aulas, tudo é IMPECÁVEL.

2- Marcão, de Química: posso dizer, sem medo de errar, que o Marcão é o professor mais didático que já tive na vida (não só no cursinho, na vida inteira). As lousas eram ótimas e as aulas muito divertidas.

3- Pietro, de Química: o professor Pietro é a dose de amor da Oficina. Vestibular é um processo desgastante e tem dias que eu me sentia um lixo. Nesses dias, ninguém melhor que o Pietro para me acalmar. (inclusive, tenho uma confissão: ele nem era professor da minha turma esse ano, mas “invadia” as aulas dele direto).

4- Miranda, de História: a didática do Miranda funcionou muito bem para mim. As aulas dele eram uma experiência muito “imersiva”. Acho que ele conseguia transmitir o que realmente foi e o que representava determinado período/acontecimento histórico, sempre trazendo elementos próximos a nós e com enfoque crítico.

5- Miranda, de Física: Mirandinha também está aqui pela didática. Na hora da prova (ou dos exercícios), conseguia ouvir na minha cabeça o que ele disse na aula. Ele ensinou a parte de Elétrica e Eletromagnetismo para minha turma, temas bastante áridos ao meu ver. Mas ele sempre tentou tornar o assunto próximo de nós e fazer comparações/analogias meio bobas, mas que, talvez por serem bobas, ajudavam a lembrar na hora da prova.

6- Cláudia, de Matemática: quando digo que os professores estão “na briga” com você, é ela que me vem à cabeça. A Cláudia tinha lista de exercício para tudo o que eu queria e não queria, tudo selecionado a dedo. Quer aprofundar tal coisa? Pede para Cláudia. Preciso de exercícios sobre isso. Pede para Cláudia. Estou com dificuldade em português. Nem é matéria dela, mas pede para Cláudia. Ajuda no cronograma? Cláudia. Desânimo? Cláudia. E a lista vai longe. Ela realmente faz muito mais do que a obrigação, e, se eu passei, foi em grande parte por ela.

Oficina: Qual dica / quais dicas você pode dar para quem tem o objetivo de passar numa universidade pública?

Aluno: 1- Tem que ter vergonha na cara e humildade. Não adianta falar que vai estudar e ficar batendo papo na sala de estudos, isso não é estudar. Não adianta “descansar”, se você não se cansou antes. Não vale falar que “fez tudo o que podia” e ficou 3 horas no Instagram (quer ficar no Instagram, vai em frente, mas não diz que não teve tempo depois, assume suas escolhas). Além disso, seja humilde. Se você está no cursinho é porque algo não deu certo. Se você acha que sabe um assunto mas sempre erra é porque não sabe. Tudo bem não saber (está no cursinho justamente para aprender e ninguém nasceu sabendo), porém precisa abaixar o nariz e assumir sua ignorância, senão não vai superá-la.

2- Autoconhecimento. Parece papo furado, mas foi importante para mim. Você vai olhar para o lado e vai ter uma pessoa anotando maravilhosamente no caderno; a outra fazendo prova anterior; a outra, lista de exercício; a outra, exercício da apostila. Se não souber quais são as suas necessidades e o que funciona ou não para você, vai se perder nas estratégias dos outros. Talvez você já saiba sobre tal assunto e não precise anotar nem fazer exercício, mesmo que estejam todos fazendo. Talvez a estratégia que seu amigo usou e que o ajudou não seja boa para você. Seu objetivo não é fazer mais exercício ou ter o caderno mais bonito ou fazer mais simulado, ou qualquer outra coisa, é passar onde você quer. Foca nisso.

3 - Faça os simulados (a não ser que tenha uma boa razão para não fazê-los). Eu sei que dá preguiça…faça com preguiça mesmo.

Oficina: Quer falar sobre algo que eu não perguntei? A hora é agora!

Aluno: Neste ano, 25387 pessoas se inscreveram no vestibular da Unicamp para as 86 vagas de Medicina. Para ter uma ideia, o antigo estádio de futebol Palestra Itália, em São Paulo, comportava 27.650 pessoas. Peguei Medicina, na Unicamp, como exemplo, por ser o que muita gente quer, mas vale para outros cursos e outras universidades também. Fazendo as contas, temos 295 candidatos por vaga. Eu sempre achei essa estatística um pouco enganosa, pois dá a impressão que é preciso ser “melhor” que 294 pessoas, o que não é verdade: você precisa ser melhor (“melhor”, entenda-se bem, na prova da Unicamp, que é uma medida do quão bem você vai na prova da unicamp - e só isso) que mais de 25 mil pessoas. Ao mesmo tempo que pode parecer desesperador, eu vejo isso como um lembrete de que:

1- por uma incompetência do poder público, você está sendo obrigado a se submeter a esse tipo de competição, contra 25K pessoas para ter acesso à universidade, algo que deveria ser seu direito.

2- que não passar não significa que você foi mal ou é burro ou qualquer coisa assim. Você pode ir bem, extraordinariamente bem, e não passar pois está competindo contra um estádio de futebol inteiro! Não ser melhor que um estádio de futebol inteiro não é um problema. O problema é colocarem você nessa competição (ainda mais com 17, 18, 20 anos) e fazer parecer que é algo razoável. Algumas pessoas que conheço, da minha sala inclusive, são excepcionais e melhores que eu em muitos aspectos, mas não passaram pois o sistema é injusto (não fui eu quem disse que é injusto, foi o próprio Zé Alves, diretor da Comvest!)